sexta-feira, 11 de julho de 2008

(desenferrujando)


" Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo."

(Cecília Meirelles)

O que cabe ao destino, e as nossas escolhas? Não é simples pensar que escolhemos nosso caminho. Porque assim somos responsáveis por nossos erros e acertos e não podemos delegar a culpa a terceiros. Não dá pra simplesmente caminhar a gosto do destino sendo levados pela vida. Por mais que exista uma ilusão agradável que nos faça pensar que aconteça assim. Pode ser que o destino nos dê opções, mas a escolha é sempre nossa. No sim, não e talvez. Pobres indecisos.

E qual caminho seguir? E se nos arrependemos de nossas escolhas? Há quem diga que sempre existe uma maneira de reparar nossos erros. Mas é tão delicado voltar atrás. A vida muda e mudam as circunstâncias. E sempre temos milhares de coisas em jogo.

E o perfeccionismo de esperar a melhor hora para que determinada situação aconteça: Existe uma melhor hora para se apaixonar? Existe uma melhor hora para ser feliz? Para correr atrás dos seus objetivos?

Para mim, a vida é efémera demais para que a gente possa contar sempre com uma segunda chance, uma exceção, a hora certa. Momentos e pessoas devem ser vividos da forma mais intensa e completa possível. Já me acostumei com a “volta dos que não foram” , e aprendi a cultivar as lembranças boas, que são as que nunca se vão mesmo. Não dá pra ficar perto de todo mundo que a gente ama sempre. Nem dá para fazer sempre a melhor escolha, ter a atitude certa. Só posso como mais uma errante, contar com a sagacidade do destino e do tempo. Despedidas fazem parte da vida, embora encontros e (re)encontros sejam a parte mais bonita dela.

2 comentários:

Darshany L. disse...

conheço uma garota que seria protagonista perfeita de "a volta dos que não foram".
:(


;*

Marília disse...

Adorei o "pedidos maríliricos".
Escrever é bom, amiga.
Ainda mais quando vem do coração.

"A vida é efêmera demais"...
e ao contrário da sua situação, justamente por ela ser efêmera, que eu estou dando uma segunda (terceira ou quarta?) chance.
Contraditório né?

Beijos

e aquele foi dos melhores domingos do meu ano.